A literatura reconhece a morte materna como o óbito que ocorreu entre o início da gestação até o 42º dia de pós-parto, e cuja causa se deva a uma complicação da gestação, do parto ou do puerpério. Objetivo: evidenciar os casos de mortalidade materna no estado do Acre no período compreendido entre 2016 a 2021. Métodos: Trata-se de estudo transversal, de abordagem quantitativa tipo seccional, de dados secundários com coleta realizada no Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde – DATASUS, tabulados a partir do TABNET. Os dados foram analisados pela estatística descritiva e inferencial a fim de verificar as associações entre as variáveis de interesse. Resultados: este estudo analisou 54 casos de mortalidade materna no Acre entre 2016 e 2021. Rio Branco registrou a maioria dos casos (44%), com variação anual, sendo 2021 o ano de maior ocorrência (15) e 2020 o menor (5). A maioria das mulheres tinha entre 20 e 29 anos (43%), cor/raça parda (63%), e diversas escolaridades. A maior parte dos óbitos ocorreu em hospitais (91%) durante o puerpério (52%). Complicações obstétricas diretas, especialmente hemorragia pós-parto (13%), foram as principais causas. O estudo enfatiza a necessidade de aprimorar os cuidados hospitalares no puerpério e implementar medidas para prevenir complicações obstétricas diretas. Conclusões: Destaca-se a necessidade de políticas de saúde regionalizadas, melhoria na qualidade dos cuidados hospitalares e acesso à educação e cuidados de saúde adequada para mulheres diversas. A prevenção de complicações obstétricas diretas, como hemorragia pós-parto, é crucial para reduzir a mortalidade materna no Acre.