RESUMO: Enquanto professoras de línguas e pesquisadoras na linguística aplicada, neste artigo temos como objetivo promover um diálogo produtivo entre a realidade e a utopia dentro da escola, do ensino de línguas e da avaliação. Para tanto, iniciamos com foco na relação entre concepções de língua e práticas de avaliação escolares, problematizando visões tradicionais ao lado das perspectivas de avaliação que elas inspiram em nossas salas de aula. Em seguida, apresentamos uma concepção de avaliação outra que conversa com a perspectiva discursiva de língua enquanto prática social. Tal avaliação se caracteriza como dialógica, parte de um reconhecimento das subjetividades inerentes ao processo, intenciona mediar o conhecimento, e pauta-se na possibilidade de considerar disposições como os critérios a serem negociados e avaliados localmente. Para finalizar, relatamos duas práticas para ilustrar nossas reflexões.