As normas voluntárias de sustentabilidade (NVS) estão assumindo importância cada vez maior na articulação das cadeias produtivas. Elas têm-se tornado exigências feitas pelas grandes empresas multinacionais – principalmente as varejistas – aos seus fornecedores, com o intuito de otimizar a logística e homogeneizar as características dos produtos. Também têm funcionado como instrumento para certificar a qualidade dos produtos e garantir acesso a mercados mais regulados a respeito de critérios ambientais, sociais e econômicos. Igualmente importante é a atribuição das NVS para provar que se cumprem mais do que os requisitos legais necessários, reforçando-se os compromissos de governança socioambiental assumidos voluntariamente pelas empresas. Dado esse contexto, os objetivos deste artigo são apresentar um panorama sobre as NVS e discutir importantes implicações sobre o tema, oferecendo possibilidades de compreender os efeitos comerciais das NVS, assim como os desafios e as oportunidades associados à sua implementação. Também são apresentadas as dificuldades em explorar o tema do ponto de vista empírico, uma vez que a literatura produz resultados distintos, dependendo do setor ou do produto analisado. Além disso, os estudos são altamente específicos, concentrando-se em apenas algumas NVS e produtos.