Objetivou-se descrever informações acerca das espécies de Ipomoea e sua relação com as intoxicações animal, por meio de conceitos sobre os aspectos clínicopatológicos e preventivo. Realizou-se uma revisão narrativa utilizando palavras-chave “plantas neurotóxicas”, “intoxicação animal”, “Convolvulaceae”, “Ipomoea”, “armazenamento lisossomal”, “síndrome tremorgênica” por meio da consulta as bases de dados Google Acadêmico, SciELO, PubMed, Elsevier e periódicos capes. As buscas foram limitadas ao período entre janeiro de 1997 a fevereiro de 2023, no idioma português e/ou inglês. A seleção dos estudos foi realizada pelos autores, de modo independente, por meio de leitura do título, resumo e texto completo. O processo de síntese ocorreu em dois eixos norteadores: espécies de Ipomoea e intoxicação animal. Algumas espécies de Convolvulaceae são tóxicas para animais de produção, o gênero Ipomoea é a maior classe botânica da família, podem conter swainsonina e/ou calisteginas, casos de intoxicação ocorrem pela escassez de pastagens no período de seca, logo após as chuvas, essas plantas rebrotam, animais ingerem e desenvolvem os sinais clínicos, com alterações neurológicas relacionadas ao armazenamento de oligossacarídeos e problemas reprodutivos. O estudo da epidemiologia, sinais clínicos e patologia das intoxicações que comprometem o sistema nervoso, contribui para a profilaxia e controle das intoxicações, além do diagnóstico diferencial. A quantidade de material ingerido e o tempo de exposição à toxina são fatores determinantes para surtos de intoxicação animal. Conclui-se que o gênero Ipomoea reúne plantas tóxicas com epidemiologia, clínica e desfecho econômico relevantes em ruminantes devido à variabilidade de espécies e concentrações dos seus princípios tóxicos.