Isolamento e identificação de fungos micorrízicos rizoctonióides associados a três espécies de orquídeas epífitas neotropicais no Brasil

Abstract

RESUMODistúrbios causados pelo homem têm resultado no aumento do risco de extinção de diversos táxons de orquídeas nativas da Mata Atlântica no Brasil. Na natureza, orquídeas utilizam obrigatoriamente fungos endomicorrízicos para a germinação de sementes e desenvolvimento da plântula, ao menos nos primeiros estádios do seu ciclo de vida. Assim, fungos micorrízicos associados ao sistema radicular de orquídeas nativas vêm sendo isolados, caracterizados e armazenados para uso em futuros programas de conservação de espécies de orquídeas, por meio da germinação simbiótica. Três isolados de fungos micorrízicos rizoctonióides foram obtidos do sistema radicular de três espécies de orquídeas neotropicais, Gomesa crispa, Campylocentrum organense e Bulbophyllum sp., de três diferentes fragmentos de Mata Atlântica no Brasil. Estudos taxonômicos, baseados na condição nuclear, morfologia da hifa vegetativa e ultra-estrutura do septo dolipórico, revelaram que os isolados pertencem aos gêneros Ceratorhiza e Rhizoctonia. Esse é o primeiro relato do isolamento de fungos micorrízicos associados ao sistema radicular dessas espécies de orquídeas neotropicais. Aspectos relativos à taxonomia e ao uso desses isolados no contexto de um programa de conservação de orquídeas nativas são discutidos.Termos de indexação: biodiversidade, ecologia microbiana, micologia, endomicorrizas,

Isolation and characterization of mycorrhizal fungi in Cyrtopodium vernum Rchb. F. & Warm (Orchidaceae)

“…This colony exhibited vegetative mycelium consisting of septate hyphae, with some branching at a right angle, the absence of a clamp connection and the presence of monilioide cells ( Figure 1B). The results confirm that this fungal genus is more frequent in terrestrial and rupicolous species (Nogueira et al, 2005;Pereira et al, 2009) and, together with the genus Ceratorhiza, is the genus most associated with native orchids of the tropics (Richardson et al, 1993;Nogueira et al, 2005;Pereira et al, 2005;Valadares et al, 2012).…”

“…Connective hyphae were observed between both intact and degraded pelotons ( Figure 3B). According to Rasmussen and Whigham (2002), remaining hyphal masses can act as inoculants for future such a diverse and little-studied environment as the Cerrado (Nogueira et al, 2005;Pereira et al, 2005). Furthermore, new and promising lines of research can be explored, such as investigating if these mycorrhizal fungi are antagonistic to phytopathogens, if they provoke defense responses in the host, or if they will promote the growth of other cultivated species.…”

Total fatty acid composition in the characterization and identification of orchid mycorrhizal fungi Epulorhiza spp.

“…The mycorrhizal fungi in orchids are primarily basidiomycetes of Rhizoctonia-like groups (Dearnaley, 2007;Pereira et al, 2005a (Currah & Zelmer, 1992;Andersen & Rasmussen, 1996;Taylor et al, 2002;Dearnaley, 2007;Pereira et al, 2005aPereira et al, ,b, 2009). They are characterized by hyphae constriction in the septum, right-angle branching hyphae immediately after the septum, swollen cells, monilioid cells, sclerotia formation, a complex dolipore septum, absence of asexual spores, and a rare, difficult to observe sexual cycle (Stalpers & Andersen, 1996;García et al, 2006).…”

Orchidioid fungi of the form-genus Rhizoctonia associated with the roots of Chloraea cuneata Lindl. from Araucanía, Chile

“…Most terrestrial orchids depend on fungal partners to germinate and grow (Pereira et al 2005, Murguía & Lee 2007, Smith & Read 2008, Steinfort et al 2010, Valadares et al 2012. This is due to the lack of nutritious reserves in their seeds (Smith & Read 2008).…”

“…Association with fungal partners can increase germination and growth of orchids (Pereira et al 2005, Murguía & Lee 2007, Smith & Read 2008, Bidartondo & Read 2008, Valadares et al 2012 as well as survival under stress (Smith & Read 2008). It is possible that the distribution and abundance of C. cuneata can be limited by the presence and abundance of specific orchidioid fungi in the soil (Ramsay & Dixon 2003, Otero & Bayman 2009).…”