Israel Kirzner's Use of Narratives to Illuminate the Limitations of Neoclassical Economics and the Austrian Alternative

Abstract

This article investigates how Israel Kirzner approached mainstream economists with his view of the Austrian theory. It discusses the role of narrative elements in Kirzner's theory in his use of stories to illuminate ideas in entrepreneurship, the theory of firm, and the knowledge problem. This article argues that the use of narrative made Kirzner's theory more open to dialogue without tying him to the scientific demarcation criteria used in mainstream economics. The scientific narratives in Kirzner's work allow him to (i) emphasize the logical order of economic phenomena, (ii) highlight causal mechanisms in economic theory, (iii) make some generalizations but without perfect predictions with economics, (iv) explore different scenarios from contingent events in the economy, and (v) illustrate economic ideas with fictional but plausible cases. The article concludes that these narrative aspects help Kirzner illuminate the limitations of neoclassical economics and offer an alternative perspective based on the entrepreneurial state of “alertness” from an Austrian point of view.

Ciência é contar histórias: a ciência econômica como narrativa

“…Morgan e Stapleford (2023) consideram que, a partir desses artigos na edição especial da HOPE, há quatro objetivos que as narrativas podem cumprir: explorar, explicar, encerrar e reabrir. Narrativas são úteis para explorar possibilidades subjacentes nas ideias, conceitos, teorias, modelos etc., de modo a levar a novos resultados que ainda não tenham sido mostrados, como nos trabalhos de Kirzner (Casonato, 2023) e do FMI (Lenel, 2023). A explicação decorre da possibilidade de acrescentar ideias, conceitos, teorias, modelos etc.…”

“…Por exemplo, Casonato (2023) argumenta que Kirzner usou suas narrativas como forma de participar de diferentes discussões e levar a elas um ponto de vista austríaco, confrontando a economia neoclássica, apesar de não partilhar com esta os mesmos critérios metodológicos. Casonato (2023) inclusive conclui que, por serem tão abrangentes, as narrativas são especialmente úteis a abordagens heterodoxas. Reforço disso é oferecido pelo exemplo de Quack e Herfeld (2023), que descreve como Riker levou a teoria da escolha racional e a teoria dos jogos da economia para a ciência política, transitando entre diferentes áreas do conhecimento por meio da narrativa.…”

“…Conquanto a economia não-matemática possa parecer uma ciência velha, como já atestava Ward (1972), a análise de narrativas confirma a proposta de McCloskey (1983McCloskey ( , [1985 1988) de que os modelos matemáticos são apenas mais uma forma de linguagem da economia. Principalmente se observarmos a relação entre as narrativa e tais modelos: em Maas (2023), a forma funcional resultante dos dados econômicos não era suficiente para Marshall exprimir todos os condicionantes de um fenômeno econômico; em Biddle (2023), não havia uma explicação da dinâmica na transição entre os estados de equilíbrio que pudesse ser usada por Griliches; em Casonato (2023), o método matemático se mostra incapaz de incorporar um elemento des crito por Kirzner como imprevisível; em Quack e Herfeld (2023), o modelo matemático da teoria dos jogos só podia explicar uma situação estática. Todas essas limitações puderam ser superadas com o uso das narrativas.…”