“…Informados pela renovação do humor gráfico que se dera a partir dos anos 1950 através de nomes como do romeno Saul Steinberg, do brasileiro Millôr Fernandes e do argentino Oski, entre outros, assumia-se que o cartunista, a princípio, seria aquele que trabalharia com temas mais adultos, não precisaria repetir-se estilisticamente e tampouco seria refém de um personagem, seja ele de sua autoria ou não. Assim sendo, quando todos se queixavam do cansativo trabalho de sequencialização dos quadrinhos, pareciam estar discursivamente deixando para o não dito o que realmente os perturbava, pois mesmo Quino, ao aposentar Mafalda e se consagrar enquanto cartunista, não deixou de produzir cartuns com mais de um quadro -logo, quadrinhos ou historietas -sendo este um componente que confere especificidade à sua poética desenhada (Latxague, 2016). O problema, então, era muito menos formal do que estrutural.…”