“…Na área da antropologia da saúde, encontramos desenvolvimentos sobre o conceito de itinerários terapêuticos, ora de um ponto de vista mais teórico visando à sua conceitualização como fenômeno complexo carregado de simbolizações múltiplas (Alves & Souza, 1999;Bonet et al, 2009), ora procurando descrever processos de busca de cuidado em contextos específicos, associados a grupos indígenas (Langdon, 1994), ou a classes sociais (Gerhardt, 2006;Trad et al, 2010), ou a instituições hospitalares do Sistema de Saúde Pública no Brasil (Pereira, 2008), ou associados a instituições religiosas (Tavares, 2012). Temos uma vasta produção sobre itinerários terapêuticos realizada no âmbito da saúde coletiva, mas, neste caso, com um interesse voltado para a produção de práticas avaliativas do sistema de saúde que integre a perspectiva do usuário (Costa et al, 2009;Bellato et al, 2009;Gerhardt et al, 2009); e ainda o já citado estudo (Cabral et al, 2011), no qual os autores tentam realizar um mapeamento da produção sobre o tema. 10 O trabalho que pode ser considerado inicial na produção sobre o tema foi produzido por Alves & Souza (1999); nele, os autores realizam uma síntese de como o conceito de itinerários terapêuticos foi tratado na sociologia da saúde e se preocupam em empreender uma reavaliação da potencialidade teórica desse conceito.…”