A desnutrição é recorrente em pacientes hospitalizados e a dieta recebida durante o período de internação pode desencadear efeitos clínicos positivos. Nessa perspectiva, este trabalho tem o objetivo de correlacionar os tipos de dietas ofertadas com o desfecho clínico dos pacientes que apresentaram desnutrição hospitalar. É um estudo descritivo longitudinal, realizado com base nos dados (sexo, idade, índice de massa corporal, conduta dietoterápica e desfecho clínico) coletados dos prontuários e fichas de 59 pacientes desnutridos do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian em Campo Grande/ MS, no intervalo de março a setembro de 2022. Os resultados encontrados, demostraram que 62,71% (n=37) dos pacientes eram idosos (60 a 90 anos) e 37,29% (n=22) eram adultos (18 a 59 anos). Além disso, houve prevalência do sexo masculino representado por 72,89% (n=43) em detrimento do sexo feminino com 27,11% (n=16). Em relação à conduta dietoterápica, a dieta enteral HPHC (1.5 kcal/ml) e a dieta via oral, com somatória de 38,97% (n=22), tiveram maiores associações com as altas hospitalares. Porém, em relação ao desfecho clínico, observou-se o predomínio de óbitos, com a porcentagem de 49,15% (n=29) entre os pacientes desnutridos, seguido das altas hospitalares com 44,07% (n=26) e das transferências hospitalares indicando 6,78% (n=4). Como conclusão, este trabalho tornou possível identificar as condutas nutricionais que mais tiveram impacto nos desfechos clínicos e ressaltar a importância da Terapia Nutricional em pacientes críticos desnutridos.