A revisão elaborada, objetivou conhecer as distintas dinâmicas de criação e destruição de postos de trabalhos em algumas regiões importantes do mundo. Mais especificamente, pretendeu-se: a) identificar os principais aspectos considerados pela literatura internacional na determinação dos fluxos de empregos (criação e destruição) demandados pelas firmas; b) verificar se existem diferenças e/ou similaridades entre as experiências revisadas; c) analisar os resultados para os países, considerando o setor da atividade econômica, o tamanho dos estabelecimentos, a idade das empresas e a influência do comercio internacional no fluxo de empregos. Para consecução dos objetivos propostos fez-se uma revisão de literatura a partir dos repositórios e periódicos especializados no objeto de pesquisa com produção científica a partir de 2010. Em seguida, elaborou-se uma tabela comparativa entre as diversas experiências, destacando o país, o período das pesquisas, os setores analisados e as variáveis determinantes encontradas no processo de criação e destruição de empregos. Entre os principais resultados, destacamos: a) há padrões distinto entre o processo de criação e destruição de empregos entre países desenvolvidos e emergentes, os últimos apresentando os maiores indicadores quanto ao primeiro aspecto; b) nas duas partes da Alemanha, Coreia do Sul, e África do Sul, as empresas que entram e saem são as que mais criam e destroem empregos por setor, respectivamente. No caso africano, a morte (saída) de empresas foi bem mais expressiva comparada ao nascimento. Por outro lado, na Turquia, acontece exatamente o contrário, as empresas que mais criam empregos por setor são aquelas em expansão, enquanto o processo de destruição é conduzido pelas empresas em contração; c) Na Alemanha e Suécia, as empresas em expansão são as maiores criadoras de empregos, enquanto na destruição de empregos a maior taxa de participação é das empresas que saem; d) na China, o cenário é oposto para a destruição de empregos, mas semelhante quanto à criação, na medida em que as empresas em expansão contribuem para a criação e aquelas em contração para destruição de empregos; e) considerando a relação entre a taxa de câmbio e o comércio internacional com o fluxo de empregos nos países selecionados, verificou-se que há países, como o caso alemão, em que empresas com grande participação nas exportações são mais sensíveis a choques na taxa de câmbio real.
