Introdução: Aspectos emocionais, sociais e de remuneração na população de anestesiologistas permanecem parcialmente obscuros. O interesse em reconhecer as características desse grupo pode permitir estratégias de saúde ocupacional que melhorem a qualidade social e profissional dos anestesiologistas. Objetivos: Conhecer o perfil dos médicos anestesiologistas do estado do Paraná e aspectos que interferem na satisfação profissional. Metodologia: Realizou-se um estudo Individual, observacional, transversal, caracterizado como inquérito, de abordagem quantitativa, entre os médicos anestesiologistas do estado do Paraná. Resultados: A taxa de satisfação profissional foi de 82% (n = 191). A amostra teve predomínio de homens, com um percentual de 58,8% (n = 137), autônomos, com 40,4% (n = 165), faixa etária entre 30 a 39 anos 45,1% (n = 105), formados entre 10 a 29 anos, com 47,2% (n = 110) e os que realizam carga horária de 40 a 59 h semanais, com 50,6% (n = 118). A estrutura de trabalho foi referida como boa em 54,3% (n = 128) das vezes e a remuneração salarial média foi de 10 a 29 mil reais 50,6% (n = 118) dos casos. Os resultados apontam que 75,1% (n = 175) realizam plantões noturnos e 55,8% (n = 130) não dormem bem. Conclusão: A baixa qualidade da estrutura de trabalho, a carga horária elevada, a falta de vínculo empregatício, a baixa remuneração, o sedentarismo, a realização de plantões noturnos e a privação de sono, associados a relação familiar ruim, ambiente e situações estressantes, são fatores que alteram consideravelmente a satisfação profissional do médico anestesiologista, podendo gerar problemas físicos e psicológicos, fazendo com que percam o interesse por atualizarem-se. Isso também faz com que esses profissionais encurtem suas carreiras.