O presente artigo discorre sobre o trabalho de alguns jornalistas internacionais das emissoras Globo, CNN Brasil, ESPN Brasil, SporTV, TNT Sports e Grupo Bandeirantes de Comunicação, a fim de responder o seguinte problema de pesquisa: no que se diferem as rotinas de produção de correspondentes internacionais brasileiros alocados em diferentes continentes? Objetiva-se, por meio desta perspectiva, compreender os métodos de inserção destes comunicadores no mercado internacional, com o foco em suas logísticas de trabalho. Como metodologia, foram analisadas coberturas internacionais a partir de obras literárias e de entrevistas com correspondentes das referidas emissoras. Obteve-se a resposta para a questão norteadora, ao apurar-se que as diferenças no desempenho da profissão em cada continente estabelecem-se a partir de níveis distintos de liberdade de imprensa, facilidade no acesso a fontes, editorias com maior popularidade (esporte e política) e relação com a imprensa local. A pesquisa auxiliou no entendimento do autor frente às distinções estruturais do trabalho jornalístico em cada continente, principalmente ao levar em conta o quanto a rigidez das culturas comunicacionais de cada lugar influencia na execução do trabalho.