Juventudes rurais e processos educativos

Abstract

Este trabalho teve como objetivo refletir sobre a condição social da juventude rural e apontar aspectos da dinâmica dos processos educativos emancipatórios, com recorte para jovens de assentamentos rurais na região do Brejo paraibano. A relevância acadêmica e social deste trabalho se dá na compreensão da realidade da condição social da juventude rural pode a partir de seu envolvimento com esses processos, contribuindo para estudos no campo educacional. A abordagem de pesquisa qualitativa nos permitiu adotar para o trabalho de campo os seguintes procedimentos: levantamento e revisão bibliográfica, observação participante e entrevistas (roteiro semiestruturado). Como resultados, apresentamos reflexão sobre a juventude rural como categoria social e sujeito de transformação e destacamos a relação dos processos educativos com os princípios de uma educação libertadora para a realização. Consideramos que esses processos articulam e mobilizam a participação dessa juventude em espaços públicos, possibilitando inserções e práticas para a autonomia do sujeito jovem e para a formação de identidade juvenil rural.

Educação na Amazônia: uma releitura de Djalma Batista

“…Há imaginários que esta região é intocada e povoada apenas por povos autóctones, sem necessidade de investimentos públicos nas diversas áreas básicas para o bem-estar dos moradores locais. A região, de fato, é povoada por diversidade sociocultural que engloba várias etnias indígenas, ribeirinhos, quilombolas, caboclos e estrangeiros que se estabeleceram na região a partir do incentivo migracional durante os ciclos econômicos extrativistas (Lousada, et al, 2020;Oliveira, et al, 2019;Morales, et al, 2017;Lima & Silva, 2020;Pereira, et al, 2021). Batista (2003) convida-nos a olhar para a Amazônia pós-ciclo econômico da borracha, que fez surgir duas grandes capitais na região: Belém e Manaus, e como tal, carentes de investimentos públicos básicos assim como qualquer grande cidade do Nordeste, Sul ou Sudeste do país.…”