FR. Tiré de notre travail de thèse sur la médiatisation de l'opposition au barrage de Sivens sur Internet, cet article suit deux objectifs. Tout d'abord, il tente de réinscrire les mobilisations informationnelles contre les « Grands Projets Inutiles et Imposés » (GPII) dans leur contexte historique, politique, médiatique et technologique. En conséquence, à travers cette étude, nous revenons sur la genèse et la continuité du mouvement altermondialiste, avant de nous intéresser aux termes et aux modalités de sa critique du travail journalistique. En nous approchant progressivement des enjeux plus contemporains de Sivens, l'article se penche alors sur la pérennité de cette critique des médias, qui devient « critique en actes », avec la création puis l'enracinement de pure-players d'information en ligne explicitement politisés, en France. Ce cadre théorique et contextuel étant posé, l'article détaille ensuite le rapport problématique et paradoxal que les militants de notre enquête entretiennent vis-à-vis du champ journalistique. En effet, les acteurs de l'opposition au barrage de Sivens oscillent entre la mise en place de stratégies d'intéressement vis-à-vis des entreprises de presse et l'exploitation d'un potentiel d'autonomie médiatique en ligne (sites internet militants, réseaux socionumériques). Avec la couverture journalistique de la mobilisation par ces médias « de la critique des médias » situés à gauche du spectre politique, les relations entre acteurs évoluent sensiblement. L'article entre ainsi dans la boîte noire des interactions qu'ont entretenues les professionnels de l'information appartenant aux marges du champ journalistique, les entrepreneurs de cause et les média-activistes. Ces parties-prenantes de la médiatisation de la mobilisation ont ainsi cultivé « hors ligne » une proximité qui se décline « en ligne », suivant un mouvement de concentration info-communicationnelle. Autrement dit, l'article cherche à analyser les caractéristiques d'une certaine division du travail médiatique, entre militants-communicants et journalistes engagés, au cœur de l'événement politique en ligne.
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EN. Drawn from our thesis work on Internet media coverage of the Sivens dam opposition, this study has two objectives. First, it attempts to re-contextualize historically, politically, technologically and in the media information disseminated against Grands Projets Inutiles et Imposés (GPII) (Large, Useless and Imposed Projects). This study will go back to the birth and growth of the alter-globalization movement before focusing on definitions and methods in its critique of pertinent journalism. In culminating with the more current Sivens issues, the paper will study the sustainability of this type of media criticism, which becomes “critical in action,” (critique en actes) with the creation and subsequent entrenchment in France of explicitly politicized pure players of online news. After establishing the theoretical and contextual framework, the paper then lays out the problematic and paradoxical relationship activists in our study have with the journalistic field: opponents of the Sivens dam oscillate between strategies to garner press coverage and creating an autonomous online media presence (activist websites and social networks). Journalistic coverage of this movement (including media critical of media, which is situated left on the political spectrum) is significantly altering the relationship between actors. This paper thus enters the “black box” of interactions between news professionals from the fringe of the journalistic field, militants and media activists. These stakeholders in the mediatization of a cause have cultivated an “offline” closeness that is expressed “online,” reflecting the shift toward info-communicational concentration. In other words, the paper analyzes the characteristics of a certain division of media work (e.g., activist-communicators and socially-committed journalists) at the heart of an online political event.
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PT. Retirado de nosso trabalho de tese sobre a cobertura midiática da oposição à barragem de Sivens na Internet, este artigo segue dois objetivos. Em primeiro lugar, tenta registrar novamente as mobilizações de informação contra os “Grandes Projetos Inúteis e Impostos” (GPII) em seu contexto histórico, político, midiático e tecnológico. Consequentemente, por meio deste estudo, voltamos à gênese e à continuidade do movimento alter-globalista, antes de nos concentrarmos nos termos e métodos de sua crítica ao trabalho jornalístico. Aproximando-se gradativamente das questões mais contemporâneas de Sivens, o artigo examina a sustentabilidade dessa crítica midiática, que se torna uma "crítica em ação", com a criação e, posteriormente, a constituição de pure-players da informação online explicitamente politizados na França. Estabelecido esse quadro teórico e contextual, o artigo detalha a relação problemática e paradoxal que os militantes de nossa pesquisa mantêm com o campo jornalístico. Com efeito, os atores da oposição à barragem de Sivens oscilam entre a implementação de estratégias de incentivo às empresas de imprensa e a exploração de um potencial de autonomia dos meios de comunicação online (websites ativistas, redes sociais). Com a cobertura jornalística da mobilização por esses meios de comunicação de "crítica midiática" situados à esquerda do espectro político, as relações entre os atores estão mudando significativamente. O artigo entra, assim, na caixa preta das interações mantidas por profissionais da informação pertencentes às margens do campo jornalístico, empresários de causa e ativistas da mídia. Essas partes interessadas na midiatização da mobilização cultivam, assim, no “offline” uma proximidade que se expressa “online”, seguindo um movimento de concentração informacional-comunicacional. Em outras palavras, o artigo busca analisar as características de uma determinada divisão do trabalho midiático, entre comunicadores-ativistas e jornalistas comprometidos, no seio do acontecimento político online.
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