La varanda gourmet brasileña: arquitectura hedonista y distinción social

Cruz-Petit, Bruno; Fernández, Alejandro Pérez-Duarte

doi:10.14718/revarq.2017.19.1.1012

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“…No final do século XX novas estruturas espaciais apareceram na casa brasileira, como a copa-cozinha, a cozinha americana e a churrasqueira, e, adiante, no início do século XXI novos conceitos que envolvem a alimentação foram difundidos (Fernandes e Scarin, 2020). Na morada brasileira aqui estudada, de casas em conjuntos habitacionais a casas de condomínios fechados, de habitações unifamiliares a multifamiliares, até mesmo apartamentos compactos, o espaço gourmet passou a ocupar o setor social a partir da década de 2010, que coincide com um boom imobiliário nacional e com uma legislação mais permissiva ao acréscimo de varandas (ainda que depois de construídas e obtido o certificado de habite-se, elas fossem fechadas ao exterior com cortinas de vidro e incorporadas às salas) (Cruz-Petit e Fernández, 2017).…”

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Espaços gourmet em moradas brasileiras

Trigueiro,

Umbelino,

Morais

et al. 2024

RevMorfologiaUrbana

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Neste artigo se investiga o espaço gourmet, protagonista de um novo ambiente social que atua como locus de ostentação em residências de classe média e alta brasileira. Três tipos de moradias contemporâneas no Nordeste foram analisadas em suas propriedades morfológicas – configuração espacial, campos visuais, aspectos geométricas e topológicas a fim de compreender possíveis relações entre essas propriedades e modos de morar. O estudo foi realizado à luz da literatura sobre residências brasileiras, com foco na relação entre os espaços de lazer e o arranjo espacial geral, empregando-se recursos da teoria e das ferramentas de análise da Sintaxe do Espaço e de técnicas complementares como as isovistas. Os resultados mostram que o espaço gourmet está crescentemente presente nas moradias, como expressão inequívoca de afirmação do lazer - de um desejado ambiente que une o cozinhar e o recepcionar, numa direção contrária à segregação historicamente firmada em ambientes de serviço, dada sua visibilidade nos arranjos contemporâneos. Um movimento que começa pela integração da cozinha ao social, e parece tornar a ação de receber e cozinhar, mediada pela persona do gourmet, no próprio ato social.

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