Resumo: A busca constante de novas tecnologias que possam ser utilizadas com finalidade terapêutica tem estimulado novas pesquisas e colocado a fisioterapia em uma posição de vanguarda. Pesquisas relacionadas com a estimulação cortical estão em primeira linha no que se refere ao controle da dor. Pensando neste aspecto, foi aplicado a ETCC nos padrões utilizados para controle da dor com o objetivo de avaliar as possíveis alterações nos níveis de serotonina plasmática e tentar elucidar seus efeitos, verificando sua correlação com os níveis de serotonina plasmático obtidos pela TENS. O estudo foi um ensaio clínico com dois grupos, um de pesquisa e outro controle, separados de forma aleatória e submetidos a uma única sessão de estimulação elétrica transcraniana por corrente contínua, onde os níveis de serotonina foram medidos antes e depois da estimulação. Não houve diferenças significativas entre as médias de concentração de serotonina dos grupos em nenhuma das duas medições. Verificou-se, portanto, que a ETCC nos moldes de montagem utilizado: céfalo-cefálica, com estimulação em M1 esquerda e supra orbital direita, montagem esta muito utilizada em tratamento para dor, não apresentou resultado significativo no aumento dos níveis de serotonina plasmático, sendo sugerido novas pesquisas que possam abordar a estimulação em outras áreas corticais com o cruzamento dos níveis serotoninérgicos e cortisol plasmático.
Palavras-chave: ETCC, TENS, serotonina.
Abstract
Keywords: tDCS, TENS, serotonin.
IntroduçãoA fisioterapia durante muitos anos vem utilizando a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) para tratamento dos quadros de dor. Baseado na teoria das comportas, a TENS tem obtidos excelentes resultados, sendo sua eficácia notoriamente comprovada. Estudos recentes [1], no entanto, apontam a TENS para uma implicação pouco observada, que é a possível correlação de seus efeitos nos níveis plasmáticos de serotonina.A estimulação magnética transcraniana (EMT) e estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) são duas técnicas de estimulação cortical que podem atuar na modulação de regiões específicas do córtex. Recentemente liberado para utilização clínica na dor crônica através da EMT, a estimulação cortical pela ETCC é essencialmente experimental. Logo, ainda não está claro através das pesquisas já desenvolvidas os resultados que estas ferramentas podem ter na redução de dor.A principal relação entre os efeitos da ETCC e da TENS estão nas pesquisas que envolvem o neurotransmissor chamado serotonina. Com produção central localizado no núcleo central da Rafe e pelas células caliciformes do intestino delgado, a maior diferença está no efeito que cada uma causa no controle da dor [2][3][4]. Raimundo et. al. [5] em um ensaio clínico, conseguiram demonstrar que a TENS de alta frequência teve resultado satisfatório na elevação dos níveis plasmáticos de serotonina, corroborando com pesquisas anteriores que também demonstravam estes resultados, como em [6; 7]. A correlação dos níveis de serotonina