“…Em mais um estudo comparativo entre crianças institucionalizadas e residentes com familiares, na Grécia, país em que há maiores políticas públicas para acolhimento comparado à Romênia e ao Brasil,Ralli et al (2017) compararam a linguagem e as habilidades psicossociais de crianças gregas institucionalizadas e crianças que, por toda vida, viveram com seus pais biológicos.Um número considerável de crianças gregas adentra o sistema institucional, principalmente por fatores genéticos, como a presença de doenças mentais ou físicas, pois seus pais não se consideram aptos a criá-las, mas também por fatores econômicos e sociais, como a falta de moradia.Durante a revisão da literatura para a realização do estudo de crianças gregas institucionalizadas,Ralli et al (2017) observaram que as crianças institucionalizadas, sem problemas cognitivos diagnosticados, apresentavam, desde o nascimento, um mês de retardo no crescimento para cada cinco meses vividos nas instituições. Outro fator comum encontrado diz respeito à situação e condições de atendimento das instituições em que as crianças abrigadas residiam: alta frequência de turnos rotativos de vários cuidadores, baixíssima interação verbal, estimulação intelectual e social limitada e um número desproporcional de crianças para cada cuidador(Maclean, 2003).Para realização do estudo, Ralli et al (2017) consideraram 60 crianças com idades entre quatro e cinco anos, sendo divididas em 30 residentes em instituições (15 meninos e 15 meninas) e 30 residentes com seus pais biológicos (15 meninos e 15 meninas).…”