RESUMO -Motivo do estudo:Alterações da voz, denominadas disartria hipocinética, têm sido bem caracterizadas em doença de Parkinson (DP), ocorrendo em 90% dos pacientes. No entanto, estudos da fala em DP, sobretudo em falantes nativos de outros idiomas que não o inglês são escassos. Nosso objetivo é comparar as características da prosódia de mulheres com DP com controles pareadas por idade, utilizando-se análise acústica. Método: Nós estudamos 8 mulheres com DP (68,4 ± 6,4 anos) e 8 mulheres controles (63,5 ± 6,8 anos). As pacientes (estágio H-Y 2, uma; estágio 2,5, quatro; estágio 3, três), embora tratadas com l-dopa, foram examinadas quando off. A frequência fundamental (Fo), intensidade e duração da fala foram analisadas com o programa , ANT menos (26 ± 12,6 Hz), NSS (4,8 ± 0,1) menor, IM mais alta (32,7 ± 5,6 dB), I max mais alta (37,1 ± 2,9 dB), I min mais alta (23,2 ± 6,1 dB) e IPNT mais alta (35,4 ± 2,9 dB). Nas controles estas variáveis tiveram os seguintes valores-248,7 ± 23,9 Hz, 216,4 ± 25,6 Hz, 197,5 ± 35,8 Hz, 0,3 ± 0,2 Hz, 22,7 ± 15,9 Hz, 36,3 ± 21,8 Hz, 5,3 ± 0,8, 30,4 ± 6,1 dB, 20,2 ± 6,6 dB, 33,1 ± 2,9 dB e 30,9 ± 4,3 dB. Conclusão: Em comparação com controles, brasileiras com DP têm uma fala caracterizada por pequena variação de Fo (o que possivelmente explica sua tessitura vocal pobre), mais lenta e de maior intensidade que controles. Este último achado é compatível com esforço para compensar pobre tessitura vocal. PALAVRAS-CHAVE: doença de Parkinson, prosódia, fonoaudiologia, voz, fala.
Acoustic analysis of prosody in females with Parkinson´s disease: comparison with normal controlsABSTRACT -Background: Voice abnormalities, collectively labeled as hypokinetic dysarthria, have been well characterized and occur in 90% of Parkinson's disease (PD) patients. However, studies of speech in PD, particularly of patients whose native language is other than English, are rarely found. The aim of this study is to compare the prosodic features of the speech of female PD patients and gender-and age-matched controls using acoustic analysis. Method: We have studied 8 PD female patients (68.4 ± 6.4 years) and 8 female controls (63.5 ± 6.8 years). The PD patients (H-Y stage 2, one subject; stage 2.5, four patients; stage 3, three patients), although treated with l-dopa, were examined when off. The fundamental frequency (Fo), intensity and duration of the speech were analysed with the software WinPitch 1.8 (Philippe Martin