Objetivo: A cirurgia para remoção de terceiros molares inferiores pode ser acompanhada de alguns acidentes e complicações, como dor, trismo, sangramento, infecções, fratura dentaria, edema, lesão nervosa do nervo alveolar inferior, enfisema subcutâneo, deslocamentos de dentes para espaços vizinhos e até mesmo fraturas de mandíbula. O objetivo desse trabalho é relatar a prevalência de fratura de mandíbula em extrações de terceiros molares inferiores, tanto transoperatória quanto pós-operatória. Método: Foi realizado uma busca na PubMed (MEDLINE), com a palavra-chave “Fraturas Mandibulares”; “Fraturas Mandibulares, remoção de terceiro molar”; “Complicações, terceiros molares”. Foram escolhidos 7 artigos que relatam 676 casos de fraturas de mandíbula associados a cirurgia de extração de terceiros molares, foram analisadas as variáveis demográficas (sexo, idade), assim como, etiologia, período trans e/ou pós-operatória, classificação de Winter, Pell&Gregory, grau de impactação, localização da fratura e lado da fratura. Resultados: Foi observado que esse tipo de complicação ocorre com maior frequência em pacientes do sexo masculino, com idade entre 3ª e 6ª década de vida, no pós-operatório causados pela força mastigatória prematura excessiva. De acordo com a classificação de Pell&Gregory, as Classes II e III, B e C são as mais afetadas. A posição vertical é a mais comum de acordo com a classificação de Winter, do lado esquerdo da mandíbula. Conclusão: Uma anamnese bem realizada juntamente com um exame clínico e radiográficos bem detalhados, podem identificar possíveis fatores de risco que são fundamentais para que se possa evitar essa complicação.