ResumoApesar da aposta brasileira na liberalização dos mercados agrícolas internacionais, mudanças recentes no cenário internacional devem ser consideradas pela política agrícola nacional. Este estudo revela os limites das negociações multilaterais para a redução dos subsídios agrícolas, a evolução das políticas agrícolas nacionais dos países desenvolvidos e emergentes e as tendências atuais de acordos bilaterais e plurilaterais entre grupos restritos de países, sem a participação brasileira. Essas dinâmicas atuais revelam que a política agrícola brasileira precisa evoluir do atual enfoque quase exclusivo ao crédito subsidiado em resposta a pressões imediatistas dos produtores rurais, para investimentos mais abrangentes que tragam maiores retornos em longo prazo para o setor rural como um todo. Investimentos em sistemas de informação, apoio institucional ao setor agropecuário e infraestrutura devem ser incorporados.Palavras-chave: agronegócio, estratégia comercial, subsídios agrícolas.
JEL: 013
AbstractBesides Brazil's commitment to the liberalization of international agricultural markets, recent changes in the international policymaking should be taken into account while reformulating the Brazilian agricultural policy. This study reveals the limits of multilateral negotiations for the reduction of agricultural subsidies worldwide, growing investments made in agricultural policies by both developed and emerging countries and current trends in bilateral and plurilateral trade agreements between small groups of countries, which exclude Brazil. Such developments reveal that the Brazilian agricultural policy needs to evolve from the current focus on shortterm subsidized credit responding to farmers' lobby, to sector-wide investments that in the longer run have a higher pay-off to the rural sector as a whole. Investments in knowledge systems, institutional support to the agricultural sector and infrastructure should be incorporated into the Brazilian agricultural policy.