Pesquisas afirmam que crianças com atraso da fala têm dificuldades em apresentar o responder por exclusão, processo relacionado à aprendizagem de vocabulário. O objetivo desta pesquisa foi comparar a ocorrência do responder por exclusão, a aprendizagem de duas relações nome-objeto e a nomeação desses objetos por crianças com desenvolvimento típico da linguagem (DT) e crianças com atraso da fala (AF), com idades entre 3 e 4 anos. Participaram 19 crianças (oito com AF). Na Fase 1, foi estabelecida uma linha de base de discriminações condicionais com objetos conhecidos; na Fase 2 foram apresentadas tentativas de exclusão (consequenciadas diferencialmente) para dois objetos desconhecidos, entre as tentativas de linha de base; na Fase 3 foram realizadas sondas de nomeação e de emparelhamento ao modelo: a criança deveria nomear os dois objetos desconhecidos e seleciona-los (entre outros objetos disponíveis) diante de seu nome ditado. Caso a criança não nomeasse e selecionasse corretamente os dois objetos desconhecidos, as Fases 2 e 3 eram reapresentadas, até o limite de 10 reexposições. Todas as crianças atingiram o critério estabelecido nas sondas de emparelhamento ao modelo em até seis reexposições, mas apenas seis crianças (três de cada grupo) atingiram o critério nas sondas de nomeação. Não foram encontradas diferenças entre as crianças DT e AF nos desempenhos avaliados. A quantidade de exposição às novas relações para ocorrência de nomeações corretas foi maior que o relatado pela literatura. Sugere-se que as dificuldades de ampliação de vocabulário de crianças com AF não podem ser atribuídas a dificuldades específicas no desempenho por exclusão.Palavras-chave: responder por exclusão, aprendizagem de relações nome-objeto, atraso de fala, crianças.