O presente artigo argumenta que as decisões judiciais justificadas por meio de casos precedentes não podem ser replicadas para qualquer caso. Por meio de um exemplo histórico brasileiro, as privatizações de estatais ocorridas na década de 1990, sustenta-se que esse modelo de raciocínio jurídico pode levar a consequências danosas. O artigo se contrapõe ao chamado “romance em cadeia” de Ronald Dworkin, alegando que o uso de teorias anexas ao direito para auxiliar na resolução de um caso desse tipo é explicativamente superior. Dito isso, defende-se que as teorias anexas ao direito, tal qual ocorre com a doutrina jurídica, sejam reconhecidas enquanto fontes opcionais do direito.