O futuro dos mamíferos silvestres é incerto devido ao avanço antrópico sobre os ecossistemas naturais e a consequente redução dos bosques, florestas e áreas protegidas, dividindo-as em áreas menores ou fragmentadas. O objetivo foi inventariar as espécies de mamíferos de médio e grande porte na Floresta Nacional (FLONA) de Caçador, identificando potenciais ameaças da fauna exótica doméstica e selvagem fornecendo dados científicos para subsidiar a elaboração e implantação do plano de manejo. A área foi dividida em zonas de acordo com estradas já existentes, sendo aplicadas metodologias de transecto, busca direta e indireta. Foram coletadas informações em campo durante doze meses no período diurno 07:00 às 14:00 resultando na identificação de 15 espécies nativas destacando-se Leopardus guttullus (Hensel, 1872), Puma concolor (L., 1771), Mazama gouazoubira (Fischer, 1814), Leopardus wiedii (Schinz, 1821) e Eira barbara (L., 1758) para espécies silvestres, e Felix catus, Canis familiaris e Equs caballus exóticos domésticos e Axis axis exótico selvagem. Os índices empregados foram a curva de rarefação de Mao Tao que encontrou S= 15 levando em consideração espécies nativas, com índice de confiança de 95%. Para estimar a riqueza da área propomos o método Jackkniffe1 que encontrou S= 17, levando em consideração o desvio padrão de 2,145 e, ajustando esse valor para S= 15,086. Para exóticos foi proposto a equação de frequência de ocorrência: nº ocorrência da espécie / nº total de registros X 100. O estudo possibilitou identificar espécies da mastofauna presentes na FLONA de Caçador e estes dados serão incluídos no plano de manejo sendo os primeiros registros desde a fundação da Unidade de Conservação.