Leishmaniose visceral canina: Revisão

Abstract

A leishmaniose canina visceral é uma zoonose que possui grande repercussão na saúde animal e humana, cujo agente etiológico são os protozoários do gênero Leishmania sp. O objetivo do estudo consiste em realizar uma revisão sobre os aspectos importantes da doença, como agente etiológico, transmissão e patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento, prevenção e controle, para acrescentar informações no âmbito da clínica médica de pequenos animais.

Epidemiologia da leishmaniose visceral humana no Brasil: perspectivas da atenção à saúde pública pelo prisma da Medicina Veterinária

“…Entre os sinais clínicos mais comuns da doença nos cães, destacam-se lesões em pele como úlceras, alopecia, descamação, linfadenomegalia, anorexia, atrofia muscular, letargia, lesões oculares, esplenomegalia, onicogrifose, vômitos e diarreia (Fonseca Júnior et al, 2020). Entretanto, mesmo na ausência dos sinais clínicos os animais acometidos possuem potencial para infectar humanos e outros cães, por isso o diagnóstico correto e a detecção precoce da doença se tornam importantes para sua prevenção (Chagas et al, 2021;Scorza et al, 2021).…”

“…Proíbem o sacrifício de cães e gatos encontrados nas ruas, sendo a eutanásia permitida somente em caso de agravos incuráveis ou comprovada periculosidade (Costa, 2011;Otranto et al, 2015). Em contrapartida, a eutanásia de animais soropositivos ainda é uma medida de controle adotada para o controle da doença em várias regiões do Brasil (Ribeiro et al, 2019;Fonseca Júnior et al, 2020); todavia, devido à resistência dos proprietários em entregar seus cães, com alto valor afetivo à estas práticas, entende-se que para uma política pública efetiva vários princípios devem ser levados em consideração, delimitando reflexões jurídicas a partir dos determinantes sociais em saúde, no contexto da ética e da legislação (Pereira da Silva et al, 2017).…”