Este artigo pretende, por meio da metodologia da História Oral, analisar a formação de professoras no IEP de 1964 a 1985, a partir do questionamento: Como as/os professoras/es e alunas/os egressas/os do IEP compreenderam e viveram a formação de professores em um tempo de ditadura? Com o intuito de compreender a construção de adesões, acomodações e resistências ao projeto do Estado ditatorial brasileiro. Os resultados dão conta de que no IEP, no período de (1964-1982) apresenta um processo formativo quase que descolado das injunções do Estado ditatorial brasileiro, as marcas de adesões e acomodações se expressavam por meio de vigilância, comportamentos, presença dos representantes do regime no espaço escolar e por disciplinas meramente instrumentais; a história da resistência às práticas da ditadura só aparece no período (1983-1985), na redemocratização, com um movimento de resistência bastante significativo, organização e movimentação estudantil, formação do Grêmio Estudantil e a postura de professoras/es de combate às práticas ditatoriais em que não faltaram embates político-ideológico entre o campo ligado às esquerdas e as/os ditos “representantes” do Estado. Conclui-se, formação de professoras/es no IEP foi permeada por estes processos, associada à proposta de educação promovida pelo Estado ditatorial brasileiro. Nos primeiros anos, sem questionamentos, onde se observa as adesões e acomodações usadas como ferramenta dos processos de formação e, nos últimos, a resistência, sendo levada de fora para dentro da instituição, promovendo outra concepção de formação.