Objetivo: Avaliar os efeitos sobre o desenvolvimento embrionário e gestacional em ratas prenhas expostas diariamente aos cogumelos Agaricus blazei e Ganoderma lucidum. Metodologia: Após a confirmação de prenhez (1º dia), os animais foram separados aleatoriamente em 5 grupos (n=6, cada): controle salina (Cs), A. blazei (Ab1-8, 1º - 8º dia), A. blazei (Ab9-19, 9º - 19º dia), G. lucidum (Gl1-8,1º - 8º dia) e G. lucidum (Gl1-19, 9º - 19º dia). Os animais receberam diariamente, via gavagem, 1,5 mL de cada cogumelo (100 mg/kg de pó liofilizado dissolvido em solução salina). No 20º dia gestacional, as fêmeas foram eutanizadas para a coleta de sangue (análises bioquímicas e hematológicas); rins e placenta (análises histológicas); cornos uterinos (análises morfométricas e morfológicas dos fetos). Resultados: Efeitos deletérios no perfil reprodutivo e gestacional das ratas e alterações nos parâmetros hematológicos não foram observados, como também hepatotoxicidade ou nefrotoxicidade materna. No entanto, ocorreu uma redução plasmática de colesterol total e triglicérides. O G. lucidum aumentou as células produtoras de glicogênio na placenta no período anterior à implantação. Quanto à prole ocorreu uma diminuição significativa no peso dos fetos de ambos os grupos expostos aos cogumelos. Conclusão: A administração oral dos cogumelos Agaricus blazei e Ganoderma lucidum em ratas prenhas positivamente reduziu o colesterol total e triglicérides, revelando um efeito cardioprotetor. O uso desses cogumelos durante o período gestacional foi seguro, não tendo apresentado efeitos teratogênicos, levando a uma redução de peso da prole, que pode ser útil em ocorrências do diabetes mellitus gestacional.