O presente artigo propõe a tradução inédita para o português brasileiro do conto “Ma mère et les livres”, publicado no livro La maison de Claudine, de Sidonie-Gabrielle Colette, com o intuito de refletir a prática de tradução estrangeirizante, fundamentada nas reflexões de Antoine Berman (2013), acerca dos objetivos éticos da tradução, da letra e do lugar do estrangeiro na cultura e língua de chegada. A partir da tradução proposta, será apresentada uma análise das escolhas feitas durante a prática tradutória, cujo objetivo é, além de refletir sobre o processo de tradução, abrigar o Outro, o estrangeiro, no texto traduzido, aproximando o leitor de chegada ao universo cultural do texto de partida.