A obesidade é uma condição crônica que contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades como a hipertensão e a diabetes. Nessa perspectiva, a terapêutica da adiposidade é um grande desafio para a medicina, pois além de ser a base do surgimento de outras doenças é também a causa de estigmas sociais. Dentre as opções farmacológicas para redução da massa corpórea, a incretina semaglutida ganhou espaço nos últimos anos. Esta alternativa é relativamente nova, o que torna necessária a realização de estudos e pesquisas acerca da segurança da droga, suas reações adversas e custo-benefício. Neste cenário, o presente trabalho foi desenvolvido, visando analisar a segurança e os efeitos colaterais do uso da semaglutida para o tratamento da obesidade, a fim de contribuir com o entendimento dos mecanismos de ação do medicamento sobre o organismo dos pacientes candidatos a seu uso. Foi realizada uma revisão narrativa de literatura baseada em artigos científicos publicados entre 2017 e 2023, selecionados por meio de buscas utilizando as palavras chave: “Fármacos Antiobesidade”, “Perda de Peso”, “Obesidade”, “Efeitos Adversos” e “Mecanismos de Ação”. As buscas englobaram os bancos de dados da Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE/PUBMED), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Após criteriosa seleção de artigos disponíveis gratuitamente, em português ou inglês, foram selecionados 11 estudos para integrar a presente revisão. A análise das pesquisas permite concluir que a semaglutida é eficaz na abordagem da adiposidade. Estudos demonstraram, por meio de ensaios clínicos, redução significativa no peso de pacientes tratados com a droga. Ademais, a medicação demonstrou-se segura, uma vez que não houve nenhuma morte associada ao uso, ainda que efeitos colaterais sejam relatados, principalmente relacionados ao sistema gastrointestinal. A análise dos dados endossa o potencial da semaglutida no combate a obesidade, ao passo que evidencia a necessidade do acompanhamento periódico dos pacientes e investimento em pesquisas na àrea, visando realizar o diagnóstico e abordagem precoces de reações adversas de seu uso a longo prazo, ainda deficientes de elucidação na literatura.