Objetivo: Avaliar o nível de letramento em saúde (LS) e o perfil em pacientes com doenças crônicas. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional e transversal que utilizou a adaptação brasileira do Test of Functional Health Literacy in Adults (S-TOFHLA). Foram coletados também dados clínicos e epidemiológicos. As entrevistas aconteceram de setembro a novembro de 2021. Resultados: Foram entrevistados 70 pacientes, metade apresentou nível adequado pelo S-TOFHLA, enquanto 27,1% tinham nível limitado e 22,9% inadequado. Na amostra, predominaram mulheres (70%), idade média de 56,3 ± 10,6, 60% casados, 48,6% autodeclararam cor branca e mais da metade com nível educacional acima do ensino médio. No grupo com nível de letramento limitado/inadequado, havia mais homens (42,9% vs. 17,1%) e idade mais avançada (60,7 ± 8,5 vs. 51,8 ±10,8 anos). A pressão arterial sistólica (144,4 ± 14,9 vs. 128,2 ± 13,5 mmHg) e níveis de glicemia ao acaso (175,3 ± 55,9 vs. 126,4 ±45,4 mg/dL) eram mais elevados também nesse grupo. Conclusão: Metade dos pacientes apresentava letramento em saúde limitado/inadequado, com predomínio de homens e idade avançada. Esses achados de pior letramento se associaram a uma tendência a pior controle de parâmetros relacionados a doenças crônicas e maior necessidade de medicações.