RESUMO A carne moída possui grande aceitação e popularidade no mercado por associar baixo custo a uma versatilidade de preparos. O processo de moagem e manipulação aceleram sua deterioração. Devido à perecebilidade, comerciantes podem recorrer a artifícios fraudulentos para a redução de perdas, como o acréscimo de aditivos alimentares, expressamente proibidos pela legislação para carnes frescas, destacando-se dentre estes, o sulfito de sódio. A adição deste aditivo pode causar agravos à saúde do consumidor. Este trabalho objetivou avaliar o frescor e pesquisar sulfitos em carnes pré-moídas e almôndegas comercializadas em estabelecimentos varejistas de Uberlândia-MG. Foram analisadas 40 amostras de almôndega e cinco de carne pré-moída de oito estabelecimentos de cada uma das cinco regiões do município. Para avaliar o frescor, o pH foi mensurado pelo método descrito no Manual do Instituto Adolfo Lutz e pelo descrito na Instrução Normativa nº20/1999 do Ministério da Agricultura e todas as amostras foram consideradas boas para o consumo. Na prova de filtração, realizada nas amostras de carne pré-moída, o tempo de filtração foi menor ou iguais a cinco minutos, sendo consideradas boas para consumo. As amostras de carnes bovina pré-moídas, submetidas à prova de cocção, apresentaram odor característico de carne in natura. A pesquisa de sulfito apresentou resultados negativos para todas as amostras de carne pré-moída enquanto que 15% das 40 amostras de almôndega foram positivas. Constatou-se que existem estabelecimentos em Uberlândia-MG que adicionam sulfito de sódio em almôndegas. PALAVRAS-CHAVE: Aditivos Alimentares, carne bovina, fraudes em alimentos.