Este artigo tem como objetivo compreender as relações entre morte, matrimônio e affectus a partir dos vestígios epigráficos localizados na região de Mediolanum, Gália Cisalpina, em diálogo com a narrativa trágica de Lúcio Aneu Sêneca em Agamêmnon. Por intermédio deles, pretende-se investigar os veículos materiais e textuais, pois, como se supõe, constituem-se de distintos espaços de recordação e propagação de ideias. Logo, indicam diferentes formatos, públicos e datações, propiciando, com isso, interpretações mais complexas e densas sobre as dimensões particulares e públicas no modo como os mortos eram lembrados nas sociedades mediterrânicas da Antiguidade.