Pouco se sabe sobre os casos de angioedema pós-operatórios graves e muitas vezes essa entidade é de difícil diagnóstico e pode passar despercebida, com repercussões no desfecho dos pacientes. Dentre os diagnósticos diferenciais, estão o angioedema hereditário, angioedema não hereditário, alérfico, andioedema adquirido, idiopático. Diferenciar essas entidades é importante para que o tratamento seja rapidamente instituído e o paciente evolua de forma favorável. Objetivo: Relatar o caso de um paciente que desenvolveu angioedema de face grave após uma cirurgia de lifting facial. Métodos: As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com a paciente, registro fotográfico e revisão da literatura. Resultados/Relato do Caso: Paciente feminino, 64 anos, submetida à cirurgia de lifting facial completo evoluiu com angioedema agudo no terceiro dia pós-operatório, com necessidade de suporte ventilatório. Inicialmente, o tratamento instituído foi com anti-histamínicos, glicocorticoides e adrenalina na suspeita de angioedema alérgico, porém, a paciente não teve melhora dos sintomas. Frente à suspeita de angioedema idiopático, iniciou-se terapia com plasma fresco congelado, quando houve melhora paulatina do quadro clínico. A paciente seguiu acompanhamento ambulatorial frequente. Teve como complicação do angioedema o sofrimento isquêmico do retalho retroauricular, necessitando de desbridamento, o qual foi deixado cicatrizar por segunda intenção. Atualmente, paciente encontra-se bem, sem quaisquer queixas. Conclusão: O cirurgião plástico deve estar alerta para complicações pós-operatórias como a descrita, pois a terapêutica deve ser iniciada com maior brevidade para melhores desfechos. A rápida evolução do caso nos atenta para a gravidade da complicação e necessidade do conhecimento desta entidade.