O objetivo da pesquisa é realizar um estudo retrospectivo de lesões pigmentadas na mucosa bucal e discutir aspectos importantes de seu diagnóstico e tratamento diferenciado na prática odontológica. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo de lesões pigmentadas na cavidade oral que foram registradas e diagnosticadas na clínica de Estomatologia e laboratório de Patologia Oral por um período de 28 anos. Resultados: Ocorreram 172 casos de lesões pigmentadas em um total de 13.743 registros, correspondendo a uma prevalência de 1,25% neste serviço. O sexo feminino foi responsável por 61,6% dos casos. A faixa etária mais afetada foi de 31 a 40 anos (23,8%). A localização anatômica mais comum envolvida foi a mucosa da bochecha (20,19%), seguida pelo lábio inferior (19,2%) e crista alveolar (15,2%). Tatuagem de amálgama e mácula melanótica (33,1%) foram as lesões pigmentadas mais comuns, seguidas por nevo melanocítico (21,6%). A falta de algumas informações nos formulários de solicitação de biópsia foi a principal limitação do estudo. Conclusão: Lesões orais pigmentadas eram incomuns no serviço analisado, provavelmente porque nem todas foram encaminhadas para análise histopatológica. No entanto, um diagnóstico correto é importante para que os pacientes recebam tratamento adequado.