Lista de verificação para segurança cirúrgica: conhecimento e desafios para a equipe do centro cirúrgico

Abstract

Identificar o conhecimento de profissionais da saúde sobre a Lista de Verificação para Segurança Cirúrgica, os desafios e estratégias para sua implantação em uma instituição pública hospitalar. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de caráter descritivo, transversal. Realizada entre abril e maio de 2017, compreendeu o preenchimento de um questionário sobre o conhecimento e percepções do Protocolo de Cirurgia Segura por profissionais que atuam no centro cirúrgico. Os dados foram analisados considerando a estatística descritiva. 72 profissionais participaram do estudo, entre técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos e instrumentadores, a maioria conhecia o Protocolo e objetivos. A falta de adesão da equipe foi o principal desafio encontrado por esta equipe para utilização deste protocolo. Apontaram estratégias importantes que possivelmente subsidiariam a implantação da ferramenta na instituição. A hipótese do estudo foi confirmada, pois se constatou que os profissionais possuem conhecimento sobre a Lista de Verificação e a reconhecem como uma ferramenta que assegura a qualidade da assistência durante o período perioperatório, além de elencarem os principais desafios para sua implantação.

Importância E Desafios Frente À Implantação Do Protocolo De Cirurgia Segura

“…A avaliação emocional do paciente deve ser realizada pelo profissional de saúde à medida que também são colhidas outras informações relevantes, tais como história anestésica, alergias, entre outras. O profissional também promove educação em saúde, preparando o paciente para a cirurgia e recuperação anestésica de forma individualizada, com linguagem que possa atingir o seu entendimento e a necessidade de aprendizado do individuo 12 .…”

“…Neste contexto, na área de assistência em saúde deve considerar sua variabilidade, ou seja, cada paciente necessita de recursos estruturais, matérias e profissionais prontos a identificar e atender as suas necessidades individuais. Cada instituição tem sua própria realidade, devendo assim estabelecer critérios, normas e ambiente que favoreça uma assistência individualizada, adequando-se a cada procedimento, podendo ser realizadas modificações e adaptações [7][8][9][10][11][12][13][14][15][16][17][18][19][20][21][22] .…”

“…Ao nível organizacional, as instituições de saúde devem buscar como exemplos de modelos de gestão de risco, usadas por Organizações de Alta Confiabilidade (OAC), conhecidas tradicionalmente, por gerenciar com eficiência altos riscos dos processos de trabalho em áreas complexas e perigosas, visando mitigar os riscos de incidentes e eventos adversos. Alguns aspectos a ser considerado é como lidam com erros: antecipação e consciência de riscos; capacidade de aprender com os erros; relutância em simplificar; envolvimento de todos nas práticas de segurança; resiliência ou redesenhar sempre o sistema [5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16][17][18][19][20][21][22][23] .…”

“…Outro aspecto a ser considerado é o papel dos líderes ou supervisores nas pontas dos serviços, que deveriam orientar seus padrões de comportamento de liderança, para que haja uma busca pela promoção da cultura de segurança, que engloba e valorizam as motivações, atitudes, percepções e os comportamentos que determinam o compromisso com a segurança do paciente. O fator humano é também considerado um fator determinante para a cultura de segurança nas OAC, a exemplo do centro cirúrgico, o alto nível gradientes de autoridade e a hierarquia elevada, que muitas vezes compromete a comunicação entre os profissionais da equipe cirúrgica aumentando o risco de incidentes [5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16][17][18][19][20][21][22][23][24] .…”

“…Assim, implantar ações que contribuam para a cultura de segurança nas instituições de saúde se revertem em melhoria dos indicadores de qualidade[18][19][20][21][22] .A educação permanente é um instrumento de gestão do cuidado de enfermagem, pois possibilita identificar potências dificuldade inerente ao cotidiano da profissão, bem como possibilita a comunicação, escuta, troca de saberes e formulação de novas ideias, conduzindo toda equipe à compreensão e ao entendimento. Nesse contexto, a segurança do paciente deve ser monitorada e mensurada de forma clara e precisa nos serviços de saúde[10][11][12][13][14][15] .Os registros escritos contribuem para a qualidade da assistência, sendo também importantes indicadores de processos e resultados. Nas instituições de saúde brasileiras, o NSP é a responsável pela análise dos registros de incidentes notificados, possibilitando a avaliação, revelando as condições sobre as quais os serviços de saúde são prestados e direcionando as práticas seguras[19][20] .CONCLUSÃOApesar da atual preocupação envolvendo a segurança do paciente, percebe-se que a implementação de metas internacionais ainda é um desafio em muitos serviços, pois demanda uma mudança para uma cultura de segurança.…”