Introdução: a Lei nº 8.080/90 criou o Sistema Único de Saúde adotando a descentralização como uma de suas diretrizes. A Atenção Primária foi criada nesse modelo como primeiro contato do usuário ao sistema, com objetivo de promover resolutividade para as principais demandas apresentadas. Entre as competências do Médico de Família e Comunidade está a realização de pequenos procedimentos cirúrgicos. Assim, propiciando oferecimento ampliado de serviços com melhor assistência e qualidade do serviço. O presente estudo se torna relevante, considerando o aumento da população brasileira, com consequente acréscimo na demanda em que mais pessoas serão inseridas nas filas de espera das unidades. Objetivo: o estudo descreve a implantação de pequenos procedimentos cirúrgicos realizados por Médico Residente em uma Unidade de Saúde da Família. Trata-se de um relato de experiência realizado na cidade de Sousa, estado da Paraíba, descrevendo a introdução de pequenos procedimentos cirúrgicos pelo programa de residência médica em Medicina de Família e Comunidade, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), do município. Evidenciou-se que a população demandava queixas cirúrgicas sem resolução dessas, sendo esses pacientes encaminhados para outras especialidades. Metodologia: os dados foram coletados com a análise do registro em arquivo físico, das fichas de Coleta de Dados Simplificada (CDS) disponíveis na Unidade Básica em estudo, por meio da qual foram registrados os procedimentos realizados no período, gerando o total de procedimentos e quais foram estes. Resultados: foram registrados 40 (quarenta) procedimentos durante o período analisado. Conclusão: percebeu-se uma transformação da realidade da população atendida na Unidade Básica de Saúde com a implementação dos pequenos procedimentos por iniciativa do residente médico da família, ajudando na resolução das queixas dos usuários, sem a necessidade de serem encaminhados para atenção secundária.
Palavras-chave: Procedimentos cirúrgicos; Atenção Primária; Medicina da Família e Comunidade.