A ciclagem de nutrientes é um processo chave na manutenção de florestas tropicais. A importância da serapilheira na ciclagem de nutrientes é um tema relevante e vem se tornando a base de diversos estudos nas últimas décadas. Com o objetivo de realizar uma análise quali-quantitativa sobre os estudos de serapilheira no Brasil, foi realizada uma bibliometria da produção científica no período de 2008-2019. Analisamos 119 artigos, distribuídos em 19 periódicos. O ano de 2015 apresentou o maior número de publicação com 18 artigos. O estado do Rio de Janeiro representou 13,45% da produção cientifica, e o bioma Mata Atlântica concentrou 55,72% das publicações, o que pode estar relacionado à presença das Fundações de Apoio à Pesquisa que mais investem na ciência brasileira. Mais da metade das publicações realizaram pesquisas em apenas um ecossistema. Do total de publicações, 71,4% quantificou o aporte da serapilheira, enquanto 21,9% o estoque. Os maiores valores de massa seca de serapilheira foram registrados no bioma Amazônia, com 8,32 ± 2,57 Mg ha-¹ ano-1 e nos ecossistemas caracterizados como floresta primária, com 8,19 ± 3,27 Mg ha-¹ ano-¹. Para o estoque, os estudos realizados no Cerrado apresentaram as maiores médias, com 7,24 ± 1,98 Mg ha-¹. Os resultados demonstraram que o número de publicações se concentra em determinadas regiões brasileiras. Além disso, percebem os que o maior número de estudos em ecossistemas de plantio monoespecífico e misto pode estar relacionado à importância ecológica e econômica para o Brasil.