O presente trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos do plantio da alface em dois ciclos de cultivo, utilizando as cultivares de alface 'Regina' (folha lisa) e 'Vanda' (folha crespa) em monocultivo e consorciada com a azedinha e cenoura, em sistema orgânico. Os tratamentos compostos pelos monocultivo de alface (T1); consórcio de alface com azedinha (T2); consórcio de alface com cenoura (T3); consórcio de alface, azedinha e cenoura (T4); monocultivo de azedinha (T5) e monocultivo de cenoura (T6) foram conduzidos a campo na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em Prudente de Morais no delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, no período de julho a dezembro. A colheita da alface, nos dois ciclos de cultivo ocorreu aos 55 dias após o transplantio das mudas (DAT). Determinou-se a altura da planta, diâmetro da cabeça, número de folhas, diâmetro e comprimento do caule, massas das matérias fresca e seca de folhas, caule e raízes. E para avaliar a viabilidade econômica do consórcio utilizou-se o Índice de equivalência de área (IEA), sendo obtido a partir dos dados de produtividade de cada uma das culturas. A cultura da alface em cultivo consorciado com azedinha e cenoura, apresenta pouca variação nas suas características agronômicas em relação ao sistema de monocultivo. A alface crespa (‘Vanda’) plantada após o primeiro ciclo da alface lisa (‘Regina’) sofre interferência da cenoura e assim tem uma redução de seu crescimento e produtividade. A produtividade da alface, nos dois ciclos de cultivo é de 233,78 g/planta para o sistema de monocultivo, 122,71 g/planta em consórcio com a Azedinha e de 249,10 g/planta no consórcio alface e cenoura. O IEA nos sistemas de consórcio de alface (lisa e crespa) com azedinha é 2,32, e o de alface (lisa e crespa) com cenoura de 1,77, sendo considerados viáveis de acordo com IEA.