RESUMOIntrodução: A quimioembolização hepática é uma técnica amplamente usada para o tratamento do carcinoma hepatocelular. A principal complicação deste procedimento é a síndrome pós-quimioembolização. O principal objetivo deste estudo foi determinar fatores de risco para síndrome pós-quimioembolização. Material e Métodos: Análise retrospetiva unicêntrica de 563 procedimentos de quimioembolização hepática efetuados entre 1/1/2014-31/12/2015. A quimioembolização hepática foi efetuada com ½ -2 ampolas de microesferas 100 -300 μm carregadas com doxorrubicina. Os pacientes que desenvolveram síndrome pós-quimioembolização foram identificados pelo prolongamento do internamento por dor, febre, náuseas e/ou vómitos. Um grupo controlo com os pacientes que não desenvolveram síndrome pós-quimioembolização foi criado de forma randomizada (três controlos para um caso). Foi realizada análise descritiva e regressão logística multivariada. Resultados: A prevalência global de síndrome pós-quimioembolização foi 6,2%. Quimioembolização hepática com dose de doxorrubicina superior a 75 mg (mais de uma ampola), o tamanho do nódulo maior e o género feminino demonstraram relação estatisticamente significativa com o desenvolvimento de síndrome pós-quimioembolização (p = 0,030, p = 0,046 e p = 0,037, respetivamente , 2015. Hepatic transarterial chemoembolization was performed with ½ -2 vials of 100 -300 μm microspheres loaded with doxorubicin. Patients who experienced postembolization syndrome were identified based on prolongation of hospitalization due to pain, fever, nausea and/or vomiting. A control group with the patients who did not have postembolization syndrome was randomly created (three controls for one case). Descriptive analysis and multivariate logistic regression were performed. Results: The overall prevalence of postembolization syndrome was 6.2%. Hepatic transarterial chemoembolization with doxorubicin dosage above 75 mg (more than one vial), the size of the largest nodule and female gender had statistically significant relation with development of postembolization syndrome (p = 0.030, p = 0.046 and p = 0.037, respectively). Discussion: Doxorrubicin dosage above 75 mg is associated with a higher risk of postembolization syndrome. This result can be helpful for decision-making in clinical practice, whenever it is possible to avoid a higher dose without compromising the efficacy of the treatment. The size of the largest nodule and female gender also constitute risk factors for postembolization syndrome. The other variables studied were not related to the development of postembolization syndrome.
Conclusion:The dose of doxorrubicin, the size of the largest nodule treated and female gender are potential risk factors for the development of postembolization syndrome after hepatic transarterial chemoembolization for hepatocellular carcinoma.