INTRODUÇÃOFalência hepática fulminante (FHF) é síndrome complexa que reflete rápida progressão, risco de vida potencialmente reversível e deterioração da função hepática em pacientes sem doença prévia no fígado 23 . Desde o início de 1990 ocorreu mudança na epidemiologia da FHF. A origem viral vem diminuindo nos países ocidentais e a injúria induzida por drogas, acetaminofeno, vem assumindo a liderança. Nos últimos 20 anos, transplante de fígado de emergência emergiu como a única intervenção terapêutica que beneficia os pacientes com FHF avançada 22 . A apresentação clínica vai depender da severidade e da etiologia do dano hepático. Sintomas inespecíficos como náuseas, vômitos e desconforto abdominal poderão ser apresentação inicial dos pacientes com FHF 20 . A evolução desses sintomas ou o aparecimento desde o início de confusão mental, sangramento no trato digestório e hipoglicemia tornarão o diagnóstico mais óbvio 6 . Os resultados dos testes de função hepática e coagulação indicarão a severidade da agressão no fígado 5 . Praticamente, todos os sistemas são acometidos direta ou indiretamente pela disfunção grave hepática 4 . Ela pode apresentar encefalopatia, coagulopatia, alteração cardiovascular e nefrometabólica.
ETIOLOGIAA encefalopatia 15 pode variar desde a apresentação subclínica e dificuldades na concentração (estágio I) ao coma profundo (estágio IV). O seu aparecimento e evolução para os estágios mais graves (grau IV) estão inversamente relacionados com o prognóstico, ou seja, maior estágio da encefalopatia pior prognóstico. Edema cerebral é distúrbio neurológico comum na FHF, sendo reportado na vasta maioria dos casos que progridem para o estágio IV da encefalopatia e é a principal causa de morte nos pacientes com FHF.O fígado exerce papel fundamental na síntese da