Nosso objetivo foi caracterizar os estudos brasileiros que avaliaram o comportamento sedentário, descrevendo as principais características dos estudos e identificando os instrumentos utilizados. Utilizando a metodologia PRISMA, a busca ocorreu em 25 de agosto de 2019 e foi atualizada em 17 de outubro de 2020 nas seguintes bases de dados: PUBMED, LILACS e SCIELO. Estudos em inglês, espanhol e português foram incluídos. Os critérios de inclusão foram estudos realizados com uma amostra de brasileiros e que utilizassem um instrumento para avaliar o comportamento sedentário. No total, foram selecionados 229 artigos. A maioria dos estudos avaliou crianças e adolescentes. Apenas 33 estudos usaram medidas derivadas de dispositivos e houve uma grande variabilidade nos questionários usados. Apenas 83/198 estudos apresentaram critérios de qualidade para o instrumento utilizado. A maioria dos estudos considerou o tempo de tela em uma semana típica mais o fim de semana para caracterizar o comportamento sedentário. Portanto, o comportamento sedentário no Brasil tem sido avaliado em grande parte por diferentes questionários, e poucos foram devidamente validados. Esses achados enfatizam a importância da padronização e do rigor metodológico para avaliação do comportamento sedentário no contexto brasileiro.