Algumas substâncias podem ser utilizadas como protetores químicos para aumentar a tolerância de culturas a herbicidas, incluindo alguns micronutrientes como é o caso do selênio. O uso de herbicidas em pastagem vem sendo cada vez mais comum no manejo das plantas daninhas, esse trabalho teve como objetivo avaliar o selênio como protetor químico na seletividade de herbicidas aplicados em pós emergência em U. decumbens. Foram conduzidos três experimentos em casa de vegetação, em esquema fatorial 5x2, cinco doses de herbicidas e na presença ou não de selênio (Se) (25 g ha-1) aplicado via solo, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Sendo os tratamentos compostos com a utilização dos herbicidas ametryn (0, 500, 1000, 1500 e 3000 g i.a. ha-1), amônio-glufosinate (0, 75, 150, 300 e 600 g i.a. ha-1) e carfentrazone-ethyl (0, 5, 10, 20 e 40 g i.a. ha-1) e um tratamento sem aplicação de herbicida. Avaliou-se aos 3, 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação dos tratamentos (DAA), fitointoxicação e fluxo de transporte de elétrons (ETR) e aos 28 DAA altura das plantas e biomassa seca da parte aérea. De maneira geral, houve aumento da fitointoxicação das plantas em função das doses de todos herbicidas estudados. A aplicação de Se por sua vez, proporcionou menores níveis de fitointoxicação, e consequentemente menores reduções de ETR, altura e biomassa seca quando comparadas as plantas não tratadas com Se. Assim, conclui-se que o Se apresenta potencial de uso como protetor para esses herbicidas em pós-emergência em U. decumbens.