ResumoA escoliose idiopática do adolescente (EIA) é considerada a deformidade vertebral de maior gravidade e ocorrência, que acomete crianças e adolescentes ainda na fase de desenvolvimento neuropsicomotor, antes de atingirem a maturidade esquelética.Este estudo teve como objetivo avaliar a abordagem cirúrgica da EIA, considerando resultados associados à redução de curvatura patológica, função pulmonar e repercussões na qualidade de vida dos adolescentes submetidos a tal tratamento.Revisão Sistemática de literatura, com abordagem quanti-qualitativa dos dados coletados, cuja estruturação se deu conforme as orientações de Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) realizada nas bases de dados vinculadas à Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). A amostra total dos estudos foi de 638 adolescentes com EIA, com uma idade média de 14,93 anos ± 1,24.A correção média da curvatura patológica principal nos estudos foi de 55,06% ± 12,24. Em todos os estudos selecionados com fusão espinhal posterior para correção da EIA verificou-se redução significativa das curvaturas patológicas (> 49%), sendo que a reincidência de curvatura em nenhum dos estudos superou um ganho patológico superior a 5%. Quanto à função pulmonar, os estudos apontaram ganhos significativos de volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF1) e capacidade vital forçada (CVF) em pacientes com EIA grave. Além disso, não foram relatados prejuízos de função pulmonar após intervenção cirúrgica para correção da EIA.