Resumo.A definição e a identificação das principais características e traços de indivíduos psicopatas têm sido, há várias décadas, objeto de diferentes áreas de estudo. No âmbito forense, a psicopatia é um termo bastante discutido, sendo fortemente relacionado a criminalidade. No contexto de tratamento, observa-se na literatura o emprego crescente de estratégias cognitivo-comportamentais, as quais têm apresentado diversos resultados. Avaliar as principais estratégias cognitivas e comportamentais empregadas no tratamento da psicopatia a partir dos resultados de estudos empíricos, considerando as evidências de eficácia. Foram consultadas as bases de dados Scielo, PubMed, Lilacs e o portal Periódico CAPES. Critérios de inclusão: 1) artigo empírico original; 2) amostra de indivíduos diagnosticados com psicopatia ou que apresentem traços ou características psicopáticas; 3) utilizar estratégias cognitivas e comportamentais; 4) publicado entre 2014 e 2019. Foram identificados 848 artigos que após inclusão dos filtros, leitura dos títulos e resumos, 23 trabalhos foram rastreados. Posteriormente, considerando os critérios de inclusão, sete artigos foram incluídos na análise. As intervenções comportamentais e cognitivas apresentaram resultados diversos. Porém, independentemente dos resultados, os artigos analisados apresentaram consideráveis limitações, isso interferiu de forma negativa a evidência de eficácia. Os psicopatas podem responder e se beneficiar dos tratamentos comportamentais e cognitivos. Porém, o campo ainda apresenta poucas pesquisas randomizadas, exibindo as mesmas limitações apontadas em trabalhos de revisões