O objetivo deste artigo é analisar os desafios enfrentados pelos enfermeiros na atenção primária à saúde dos povos indígenas no Amazonas, buscando compreender como esses profissionais adaptam suas práticas diante das dificuldades sazonais, das barreiras linguísticas e culturais, bem como da falta de infraestrutura nas comunidades indígenas, com o intuito de promover um atendimento de saúde mais eficiente e culturalmente sensível. A metodologia adotada consiste em uma revisão integrativa da literatura, que visa reunir e analisar de forma sistemática os resultados de pesquisas relevantes sobre a atuação da enfermagem nas comunidades indígenas. A busca foi realizada em bases de dados como LILACS, SciELO, BVS e na Revista Enfermagem em Foco, além de documentos oficiais disponíveis no portal do Ministério da Saúde. A revisão incluiu estudos publicados entre 2019 a 2024, com critérios de inclusão como artigos escritos em português e inglês, focados na atuação da enfermagem e nas políticas públicas de saúde indígena. Foram inicialmente selecionados 20 documentos, dos quais 15 foram utilizados após a aplicação de critérios de exclusão. A análise dos artigos selecionados revelou que os enfermeiros enfrentam diversas dificuldades no atendimento à saúde dos povos indígenas. Entre os principais desafios estão a interação intercultural, a localização remota das aldeias, a falta de preparo das equipes de enfermagem e as barreiras linguísticas. Essas questões dificultam a adaptação dos profissionais de saúde às especificidades culturais e sociais das comunidades indígenas, comprometendo a qualidade da assistência prestada.