Este artigo tem como objetivo analisar a capacidade absortiva de agências de viagens, com base no modelo de capacidade absortiva de Zahra e George (2002). A pesquisa se justifica dada a representativa do segmento turístico no setor de serviços e a necessidade de utilizar medidas de inovação mais próximas das especificidades do setor e voltadas às capacidades dinâmicas dessas empresas. O estudo é quantitativo, com abordagem exploratória e descritiva. Foi utilizada uma survey, tendo um questionário como instrumento de coleta de dados. A pesquisa foi realizada junto às agências de viagens filiadas à ABAV Sergipe – Associação Brasileira das Agências de Viagens do Estado de Sergipe, totalizando inicialmente 50 empresas listadas, das quais 08 não puderam participar, de modo que foi obtido um total de 42 (84%) respondentes, incluindo as agências de viagens localizadas no interior do Estado. A tabulação e análise dos dados foram feitas com o auxílio dos softwares IBM SPSS Statistics 19, Minitab 17 e Microsoft Excel 2007. Os resultados demonstraram que a imitação criativa é uma das principais fontes de inovação para as agências do Estado de Sergipe e fruto do relacionamento com clientes e outras empresas, sejam concorrentes ou fornecedores, o que torna essas empresas abertas para novos conhecimentos. As agências pesquisadas também criam redes informais que garantem que o conhecimento e as informações de que necessitam sejam transmitidas dentro da organização de maneira rápida e dinâmica. Como contribuição, o artigo avança na literatura de inovação e turismo, ao estudar a inovação sob uma perspectiva diferente da shumpeteriana, propondo uma lente de análise alternativa.