Objetivo: este estudo objetivou analisar a repercussão de intervenção educativa no conhecimento teórico da equipe de Enfermagem sobre os cuidados no uso da derivação ventricular externa em Pediatria. Trata-se de estudo de intervenção não controlado, com delineamento do tipo antes e depois. Método: procedeu-se à aplicação de pré e pós-teste para a coleta de informações sobre os conhecimentos dos profissionais sobre os cuidados aos pacientes pediátricos com derivação ventricular externa. Entre o pré e o pós-teste realizou-se intervenção educativa usando-se a simulação clínica como estratégia de ensino. Participaram do estudo 41 profissionais de Enfermagem. Constatou-se mais assertividade após a intervenção educativa, principalmente na questão que versa sobre o uso da técnica asséptica para esvaziamento da bolsa coletora (p=0,021). As análises de correlação no préteste revelaram que o maior número de erros não esteve correlacionado a qualquer das variáveis sociodemográficas. Contudo, no pós-teste, identificou-se correlação significativa entre o número de erros com a idade dos profissionais (rho=0,340; p=0,015); tempo de formação dos profissionais (rho= 0,414; p=0,004); e tempo de atuação na unidade (rho=0,428; p=0,004). O resultado sinaliza, portanto, que profissionais com idades mais elevadas, mais tempo de profissão e de atuação na unidade tiveram menos aproveitamento da intervenção educativa, apresentando maior número de erros. A intervenção educativa usando a estratégia da simulação clínica possibilitou incremento no conhecimento dos participantes, podendo ser utilizado para a educação permanente, melhorando a qualidade da assistência.