<b> Taxas de cesarianas em um hospital universitário a partir da classificação de Robson/Cesarean section rates in a university hospital based on the Robson classification

Abstract

Objetivo: descrever as taxas de cesáreas de um hospital universitário a partir da Classificação de Robson. Método: descritivo e transversal, realizado a partir de dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos dos partos ocorridos em um hospital universitário, entre 2015 e 2017. Resultados: houve aumento progressivo da via de parto cesárea e a consequente manutenção da elevada taxa geral de cesariana. Quantidade considerável das parturientes possuía condições obstétricas favoráveis para o parto vaginal e, caso tivesse sido acompanhada por enfermeiras (os) obstétricas (os), poderia ter aumentado a sua possibilidade de ter um parto vaginal. O maior grupo da Classificação de Robson foi o de multíparas, com cesárea anterior e gestação a termo (grupo 5), que provavelmente está relacionado ao número elevado de cesariana identificado em primíparas (grupo 1) e a limitações dos métodos de indução para o trabalho de parto. Conclusão: o uso da Classificação de Robson permitiu conhecer, com maior especificidade, o perfil das mulheres submetidas à cesárea no serviço, o que pode subsidiar a elaboração de estratégias mais efetivas e condizentes com a realidade no enfrentamento das taxas elevadas de cesariana.

A aplicação da Classificação de Robson nas maternidades brasileiras como ferramenta para redução das taxas de cesariana: uma revisão de literatura

“…Reduzir o tempo de permanência da mesma em uma unidade hospitalar também é zelar pela saúde dentro do seu contexto biopsicossocial. Reis et al (2020) demonstram em sua pesquisa, a partir da porcentagem elevada e do crescimento progressivo de cesáreas, a exacerbação da problemática de realização e repetição de cirurgias cesarianas. Em outro estudo desenvolvido por Freitas e Vieira (2020) é citado o "efeito dominó", anteriormente levantado pela OMS, o qual corresponde ao acúmulo de mulheres com cesariana prévia (grupo 5) devido as altas taxas em primíparas, sujeitando-as a maiores riscos de novas incisões uterinas em futuras gestações.…”

“…Diante desse contexto, a OMS salienta que todo o esforço deve ser voltado para garantir que as cirurgias cesarianas sejam realizadas em casos necessários, não somente visando atingir uma taxa específica (Reis, et al, 2020). Contudo, o que se observa é o constante crescimento dessas taxas, sendo conferido ao país um cenário epidêmico (Algarves & Lira Filho, 2019).…”