<b> Violência contra mulher: acolhimento na estratégia saúde da família/ Violence against women: reception in the family health strategy

Abstract

Neste estudo objetivou-se analisar o acolhimento à mulher na Estratégia Saúde da Família em situações de violência. De caráter qualitativo, do tipo descritivo, este estudo foi realizado com 53 profissionais de sete equipes da Estratégia Saúde da Família de um município da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram produzidos pela técnica de observação não participante, registrados em diário de campo e analisados pela modalidade temática de Bardin. Os resultados mostram que os espaços físicos não propiciam condições de privacidade e acesso às mulheres em situação de violência. Parte dos profissionais preocupa-se em investigar situações de vida, mas a violência não. Uma das unidades tem identificado, no mapa inteligente, as mulheres em situação de violência e um fluxograma para atender a violência sexual. Conclui-se que é preciso repensar o acolhimento à mulher em situação de violência, propor a inclusão do problema na agenda e organizar os serviços com base na política.

Atenção à saúde das mulheres vítimas de violência no âmbito da atenção primária à saúde: uma revisão integrativa

“…A estrutura física de atuação das equipes também foi pontuada como uma fragilidade na atenção à saúde dessas mulheres, por não favorecer o acolhimento, pois, devido à falta de espaço, muitas vezes, a privacidade, o conforto e a segurança individual são prejudicados. De modo geral, nas unidades, não há fluxo específico para mulheres e um local mais reservado para que possam expor seus problemas de violência (MARTINS et al, 2016). Menezes et al, (2014) esclarecem que a promoção da atenção integral se inicia com a identificação das necessidades da mulher, de modo que possam prestar um atendimento e encaminhamentos que contemplem as suas demandas.…”

“…Com efeito, o ACS tem vínculo com a sua população, acolhe e promove uma escuta ativa em suas visitas, conhece as demandas psicossociais das usuárias e sua realidade local e, frequentemente, são os primeiros a identificar situações de risco em relação à violência ou até presenciam tais situações. Logo, são capazes de fornecer informações valiosas que possibilitam a equipe construir seu projeto terapêutico (MARTINS et al, 2016).…”

“…O vínculo ocorre a partir da assistência contínua e pela aproximação entre usuária e profissionais da ESF, possibilitando conhecer seu contexto social, identificação das situações de violência e enfrentamento (HEISLER et al, 2018). Heisler et al, (2018) e Martins et al, (2016) acrescentam, ainda, outros fatores que potencializam as práticas de escuta e vínculo, a saber: confiança, sigilo, empatia, persistência, sensibilidade, tempo e respeito. O referido estudo comprova que a estrutura física da ESF, que conta com consultórios de enfermagem, médico e odontologia, potencializa a realização da escuta com segurança e sigilo, facilitando o acolhimento e o estabelecimento de vínculo, assim como a verbalização da violência pela mulher.…”

Violência Doméstica Na Atenção Primária a Saúde: Construção De Formulário Para Consulta De Enfermagem

“…Nesse contexto, destaca-se a importância da consulta de enfermagem como um instrumento que permite o reconhecimento das situações rotineiras da ESF, evidenciando pelo atendimento nas demandas mais específicas. Sendo considerada como essencial no processo de promoção, prevenção e reabilitação dos indivíduos, bem como também o suporte por meio dos instrumentos (Martins et al, 2016).…”

Mulheres em situação de violência: (re) pensando a escuta, vínculo e visita

“…In this sense, a study shows that the physical structure of the FHS, which has nursing, medical and dental offices, enhances the performance of listening with security and secrecy, facilitating the hosting and bonding, as well as the verbalization of violence by women. 24 This workshop was attended by 31 professionals.…”