“…Só mais recentemente, este registro paleobotânico vem sendo reconhecido e estudado de forma sistemática na região Oeste do Gondwana (GERRIENNE et al, 2001;MILAGRES et al, 2007). Nas últimas duas décadas, as descobertas de plantas vasculares devonianas em diferentes localidades da América do Sul [Brasil (Eodevoniano, GERRIENNE et al, 2001), Uruguai (Eodevoniano, SPRECHMANN et al, 1993), Bolívia (Eo/Mesodevoniano, NOETINGER, 2008;RACHEBOEUF et al, 2012), Colômbia (Mesodevoniano, BERRY et al, 2000), Argentina (Mesodevoniano, CINGOLANI et al, 2002;Di PASQUO et al, 2009), Venezuela (Meso/Neodevoniano, BERRY & EDWARDS, 1995) e Chile (Neodevoniano, MOISAN et al, 2011)] que integravam o Gondwana Ocidental, têm aberto novas possibilidades de aprofundamento e de revisões sobre pontos importantes da história inicial da evolução dessas plantas primitivas neste continente. Por exemplo, sabe-se que, diferentemente das províncias paleofitogeográficas contemporâneas situadas nas médias a baixas latitudes (Domínios Angárico, Euramericano e Norte do Gondwana, RAYMOND et al, 1985;RAYMOND, 1987;WNUK, 1996), cujos primeiros registros datam do Neossiluriano, a flora que ocupava o Gondwana Ocidental, sobretudo na Bacia do Paraná, teve o seu início apenas no Eodevoniano.…”