Para muitos jovens de hoje, os padrões tradicionais que orientam as relações entre família, escola e trabalho estão sendo desafiadas. As relações sociais que garantam um bom processo de socialização estão entrando em colapso. Verifica-se que as trajetórias de estilo de vida estão se tornando cada vez mais variadas e menos previsíveis, por exemplo, a reestruturação do mercado de trabalho, a extensão do hiato de maturidade (o período de dependência de adultos jovens na família) e, sem dúvida, as oportunidades mais limitadas para se tornar um adulto independente. Observa-se que o problema da delinquência juvenil está se tornando cada vez mais complexo, por motivos diversos tais como: os programas de prevenção da criminalidade não saem da teoria; muitos países em desenvolvimento não sabem lidar com a delinquência infantil; e por fim os programas internacionais são em sua maioria insuficientes. Portanto, o objetivo geral desta pesquisa é investigar através de pesquisa bibliográfica as percepções dos adolescentes infratores e o processo de estigmatização e construção psicossocial e os atuais meios jurídicos para esta situação, e, mais especificamente, explorar a vida diária de estigmatização em adolescentes, identificar as maneiras pelas quais o estigma em sua construção de identidade opera em sua auto percepção, analisar as formas em que os estereótipos são estigmatizantes e estudar sobre como o âmbito jurídico trata estes indivíduos. Os resultados da pesquisa evidenciam que devem ser alocados mais recursos para a prevenção da droga e abuso de álcool, entre os jovens e o sistema de justiça criminal deve trabalhar com a prevenção, e no último caso, na real reabilitação desses menores. A sociedade, a comunidade, a família, o governo e os pais precisam trabalhar juntos para entender o que as crianças precisam, sabe-se que a realidade atual é difícil em meio a tanta corrupção, crise, desemprego, mas vale lembrar, que a estrutura de um adulto começa na primeira infância em seu seio familiar, onde a maior influência está nas mãos dos pais e na educação.